
Caro amigo, venho falar-lhe das saudades que sinto e dos anseios que tenho, contando que me compreendas e, com sua paciência e sabedoria, me ajude a encontrar-me em meio a tão complexos desejos.
Quero a fogueira, os sorrisos as noites de luar...
Mais uma música, mais uma taça, mais uma dança.
Quero o vento nos cabelos, minha tsara colorida e os banhos de rio.
Quero ver as pegadas deixadas na areia, o barulho das rodas de madeira nas ruas de pedra, os olhares surpresos.
Quero colher frutas frescas, ouvir o barulho das crianças e aprender com os contos dos idosos.
Quero ser eu, mas não consigo sozinha.
Quando aprendemos que todos formamos um só e este aprendizado fica n'alma, e não apenas na mente, esta consciência nos acompanha por todo o sempre.
Distante deste tão breve tempo, no qual vivemos todos como um, meu coração vacila e, por muitas vezes, se entristece.
Consciente de ser apenas uma parte, sinto-me incompleta agora que me encontro distante dos meus.
Apesar de meus tropeços, ainda sou eu.
Desde já, agradeço sua constante presença e carinho.
Que Sara o ilumine e proteja com seu manto de amor.
S.