
Pude perceber que, por mais detalhes que descreva nos textos, ainda soa como algo impessoal.
Pode chegar a parecer, àqueles que me conhecem a fundo, que não fui eu quem escreveu.
Ao perceber isto, relendo o que escrevi, parei para refletir sobre qual seria a razão de eu não estar conseguindo me mostrar nas palavras como gostaria... Cheguei à conclusão de que se trata simplesmente de "falta de intimidade".
Muito mais intimidade e cumplicidade tenho com o papel... ainda que um simples guardanapo.
Como é belo o bailar da caneta sobre o papel! Seus passos formam caminhos através dos quais tantos outros viajarão!
Noites e noites tive como amigo e amante meu pequeno diário, que guardou meus "inconfessáveis segredos de menina" para hoje, já crescida, me fazer rir com estes mesmos segredos.
As palavras escritas a próprio punho têm em si magia e lirismo, o que não se encontra facilmente em nenhuma outra forma.
Quem sabe com o passar do tempo, eu possa criar essa mesma cumplicidade com esse "novo modo de escrever"... nunca se sabe.
Quando (se?) este momento chegar, conseguirei me encontrar e enxergar nos meus escritos novamente. Poderei então voltar a ter meu diário de memórias, que irá me contar essas histórias daqui a alguns anos e me fazer rir com elas novamente.
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