Ouça, foi o vento...O cheiro de terra molhada, uma respiração ofegante.
Quem? Pergunto angustiado!
Ninguém vejo
Está frio, Já não sinto mais meu coração bater – sim, foi a morte.
A melodia de Orpheu,
O Elísios,
Somos anjos? Demônios? Fadas? Em que nos tornamos, energia, luz.
Não sei!
Na relva, ouço os zéfiros brincarem, sinto o perfume
Mas onde estais?
A luz fica mais intensa e quente, afável, desejável.
Ali atrás, o Éden tão almejado!
Mas algo me faz querer ficar, ao lado de sua Vênus sua genitora
Afrodite em teu corpo estava
Então!
Entendi o porque de estar ali,
Fora você!
Oh minha Deusa, quem me trouxera do nefasto mundo dos Homens.
A meu amor em sacrifício, ofereci-lhe a minha vida,
Que bebas o meu sangue em bel prazer,
Me faças seu servo,
Sejas a minha ama,
Que me arranhe, na volúpia do amor feito,
Que o suor concebido pelo prazer, irrigue os árido campos dos sentimentos
Que possamos unir o desejo de um corpo com o amor de outro,
Que um só nos tornemos, unidos por um único beijo.
O mesmo estrondo
Abro os olhos,
Minha cama continua vazia,
O teu perfume ainda esta no ar,
Ouço barulho de água,
Quem está ai? Grito em desespero
E com uma voz macia, você me responde em tom apaixonado,
Sou eu!
*
*Autor: C.C.Togni
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